quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Manifestação de apoio






   No dia 26, um militante entregou ao ex-Governador Íris Rezende, maior liderança política de Goiás uma carta no qual manifestou seu apoio a posição do partido. 


  Em seguida, a pedido do militante Íris autografou a capa de uma revista no qual foi entrevistado quando eleito  prefeito de Goiânia pela primeira vez. 




MANIFESTO do movimento PMDB
PMDB de Goiás renasce em suas origens oposicionistas

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PMDB reafirma oposição em Goiás

          Reunião realizada com prefeitos goianos no Diretório Estadual do PMDB/GO, o partido reafirmou sua posição em relação ao Governo Estadual, segundo o Presidente Adib Elias não há como falar em democracia sem oposição. “O próprio povo nos colocou na oposição” afirma. Em seguida o prefeito de Trindade Ricardo Fortunato foi enfático no seu posicionamento. “Vamos manter oposição, apoio administrativo é responsabilidade do Governo”, ressaltou.
Prefeitos concordaram que é preciso haver união como na época que apoiaram a candidatura de Íris Rezende. O Partido não defende uma oposição radical, embora não admita que política seja feita por cargos. Íris Rezende, maior líder do partido, afirmou que o sentimento de companheirismo deve permanecer e o futuro deve ser decidido com respeito.
         O ex-Governador afirmou que o PMDB foi construído com ideais, não havia cargos, política se faz com espírito público e responsabilidade. “O partido tem grande responsabilidade com o povo goiano, foram 47% dos votos, PMDB surgiu como partido de oposição, da alma do povo”, finaliza Íris.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Michel Temer: A disputa por espaço no governo é natural

      Brasília (DF) - No dia 31, o vice-presidente Michel Temer assumirá o comando do país, pois a presidente Dilma Rousseff irá à Argentina. Mas, em menos de um mês de governo, já viu que sua missão será mais espinhosa. Caberá a ele administrar a constante insatisfação do PMDB, que vive em eterna disputa por cargos com o PT. Temer diz ser "natural" que os partidos briguem por mais espaço no poder. Na quinta-feira, Temer recebeu O GLOBO por mais de uma hora no amplo gabinete da vice-presidência - bem diferente da acanhada sala que ocupava na Presidência da Câmara. Sobre sua mulher, Marcela, que se destacou na posse, o vice diz que não se incomodou com a superexposição, mas que quer mantê-la longe dos holofotes


O GLOBO - A questão das chuvas, por exemplo..


Temer - Queremos propor medidas legislativas que previnam esses acidentes que ocorreram no Rio e em outros estados. Não ficar apenas na palavra, mas passar à ação legislativa. Na próxima semana faremos uma reunião mais ampla, com muitos ministros. Essa é uma tarefa que a presidente me delegou. Eu não avanço o sinal e não avançarei nunca.


O GLOBO - Automaticamente, o senhor cuida também de relações políticas, não é?


Temer - Tenho feito isso. Nesses 20 dias tenho ajudado a pacificar as relações entre PMDB e PT, e outros partidos. Isso vem para mim com muita naturalidade. Não que seja exatamente uma delegação, mas vem.


O GLOBO - O senhor acha que conseguiu pacificar PT e PMDB? Nos bastidores, a intriga continua...


Temer - É verdade. Eu até brinquei: antes era como se fosse uma guerra de balas e hoje é uma guerra de flocos de algodão. Ficou mais suave. A gente ainda tem problemas, precisa ir conversando. Mas o que proponho é que, toda vez que se queira tomar uma posição radical de ambos os lados, precisamos ter calma e dialogar.


O GLOBO - O senhor acha que o PT tem dificuldade de administrar a coalizão com o PMDB, de ceder espaços?


Temer - A presidente Dilma não tem nenhuma dificuldade. Ela tem plena consciência, e já disse isso, que hoje nós não somos simplesmente aliados. Fomos aliados do governo Lula. Somos governo, portanto, partícipes do governo. Como consequência, nós todos queremos que o governo dê certo. Todos do PMDB querem ser tratados como governo.


O GLOBO - Mas os petistas ainda resistem em dividir o espaço?


Temer - Sim, porque a disputa por espaço é natural. Só precisamos, como governo, saber administrá-la e compor o governo de acordo com as forças que o compõem. Simplesmente isso. É uma equação muito fácil.


O GLOBO - A imagem que passa é que o único que disputa espaço é o PMDB.


Temer - Algumas pessoas começaram a dizer que o PMDB é fisiológico e isso pegou. Por mais que se diga o contrário, fica que o PMDB é o ávido por cargos. E o que o PMDB faz é apenas disputar um espaço que ele acha que lhe é devido pela campanha que fez, pelo apoio que dá no Congresso. Ainda mais agora que somos governo, o que o PMDB postula é espaço. E os outros partidos? Postulam espaço, tal como o PMDB.


O GLOBO - Essa pecha está virando para o PT?


Temer - Acho que está saindo do PMDB. Para onde vai, não sei.


O GLOBO - Esse é um comportamento padrão, então?


Temer - Em qualquer governo. Se eu for recordar quando o governo era outro, a questão era a mesma. Todos agem assim.


O GLOBO - O PMDB hoje está satisfeito com o tamanho que tem no primeiro escalão?


Temer - Numericamente, o PMDB manteve o mesmo número de ministérios. O PMDB perdeu um pouco de densidade política na atribuição dos ministérios. O número é o mesmo.


O GLOBO - O PMDB tem quadros técnicos para atender à exigência da presidente?


Temer - Pode procurar quadros técnicos para isso, sem a menor dúvida. O exemplo clássico é do ministro Lobão. Quando ele foi para o Ministério de Minas e Energia, diziam que ia ser um desastre. Fez uma gestão extraordinária, tanto que foi chamado de volta.


O GLOBO - Como tem sido a participação da presidente nas discussões políticas? Ela mais ouve do que fala?


Temer - Ela ouve e dá a palavra final.


O GLOBO - Ela está tomando gosto pelo debate político?


Temer - Acho que ela tem jeito. Ela é técnica, mas sabe, tanto quanto todos nós, que para exercer essa função de presidente tem que ter um ângulo de atuação política. Ela age com muita adequação.


O GLOBO - O senhor está se acostumando com a rotina de vice?


Temer - Estou sentindo falta da agitação da Câmara.


O GLOBO - Quando o senhor vai se mudar para o Jaburu?


Temer - Estão mudando uns canos lá. Acho que daqui a um mês, um mês e meio.


O GLOBO - Sua esposa pretende ter alguma participação na área social?


Temer - Ela já teve tanta visibilidade na posse...


O GLOBO - O senhor se incomodou?


Temer - Não. Minimamente. Eu disse a ela que é assim mesmo. Ela não está acostumada. Nós sempre tivemos uma vida muito discreta em oito anos de casamento. E pretendemos manter uma vida discreta.


O GLOBO - Em menos de 30 dias, o Copom elevou os juros, o governo é pressionado por um mínimo maior, terá que fazer corte rigoroso no Orçamento e ainda tem polêmicas como a compra dos novos caças. Como está a administração desses pepinos que vieram do governo Lula?


Temer - O governo está administrando. O salário mínimo, o presidente Lula reformulou até onde foi possível. Quando ele mandou o salário mínimo de R$540, era o possível. Há naturais pleitos, mas o governo será muito rigoroso, vai dar o que for compatível com as finanças públicas. Não há outra tese.


Luiza Damé e Chico de Gois (Jornal O Globo)


* A íntegra desta entrevista está publicada no Jornal O Globo - 23/01/2011.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sindifisco de Minas desmistifica Governo Aécio

Levantamento dos números do Governo Aécio Neves mostra a realidade do ''Choque de Gestão do PSDB'' segue o link:   

O futuro do PMDB (Michel Temer)

Partido é parte. É parcela. Político vem do grego "polis". Partido político significa, etimologicamente, parcela de opinião pública que pensa da mesma maneira e quer chegar ao poder para aplicar seu programa na administração da "polis", ou seja, da União, dos Estados e dos municípios.
Essa deve ser, também, a orientação política de qualquer partido nacional. É isso que lhe dá seguidores. Serão os partidos políticos, no nosso país, guiados por essas concepções? Falarei apenas do PMDB. Formou-se, o MDB, na ditadura. Representava um conceito: oposição ao "status quo" governamental. Pregava a mais legítima democracia. Em consequência, as mais amplas liberdades: de convicção, de expressão, de reunião, de manifestação, de imprensa, religiosa e política. E, também, a independência e a harmonia entre os Poderes.
A ele se opunha, com posições, a Arena, que sustentava o Estado centralizador. Portanto, um Estado limitador de liberdades.
Quem optava pelo MDB sabia a ideologia que amparava sua opção; de igual maneira os partidários da Arena. Eram parcelas definidas da opinião pública. Curiosamente, o período ditatorial ensejou tais definições programáticas, propiciando o aparecimento de partidos políticos na sua acepção real, verdadeira. Não eram siglas, mas partidos.
Quando se desenvolveu a pluralidade partidária, fragmentaram-se o MDB, já PMDB, e a Arena. Surgiram outras agremiações, extinguindo-se a Arena. O PMDB continuou. E deu-se um fato revelador da força dos partidos. Formaram-se e fortaleceram-se lideranças regionais. Em razão disso, o PMDB, embora legalmente na esfera nacional, adquiriu extraordinária vocação regional.
A pretexto da democracia interna, o partido sempre foi -permita-me o termo- leniente com lideranças que dissentiam da decisão nacional. Toma-se uma resolução em convenção nacional em que todos comparecem, a maioria opta por uma conduta e a minoria inconformada toma outro rumo.
Ou seja: verifica-se a negação da democracia, em que as pessoas disputam posições. Mas, vencidas, hão de seguir a maioria.
O PMDB jamais tomou decisão de cúpula. Todas nasceram de convenção nacional com a representação dos Estados. E somente se imporá nacionalmente e na opinião pública se tiver unidade de ação, o que exige fidelidade, tal como a definiu o STF. Não faz sentido legal, ético e moral que o mandato obtido seja do partido e que este veja determinação nacional descumprida.
O que se viu como descumprimento da orientação nacional foi lamentável. Pode-se argumentar ser compreensível à vista de rivalidades locais. Mas a disputa local não autorizava a insurgência contra a decisão nacional. Especialmente no segundo turno, quando governadores, senadores e deputados estavam eleitos.
Por isso, de duas, uma: se permitem partidos ou regionais, mediante modificação constitucional, ou nacionais, como são, e aí as decisões serão imperativas. O desatendimento a tal orientação deverá ensejar a expulsão do recalcitrante.
Prego, portanto, a necessidade de, em convenção nacional, estabelecermos regras rigorosas. A partir de agora. Nada do passado. Para sermos fortes politicamente e críveis no presente e no futuro.
Quem não se conformar com as decisões tomadas em convenção poderá se desligar do partido, sem que este exija o mandato.
É melhor sermos menores numericamente, mas unidos na ação política, do que maiores sem unidade de comportamento. A isso tudo deve-se ligar forte base programática, que já expusemos na aliança que fizemos para a eleição presidencial.

Só assim ganharemos densidade política e respeito popular.

Michel Temer 

 Deputado federal pelo PMDB-SP, presidente nacional do partido, é presidente da Câmara dos Deputados e vice-presidente eleito da República. Foi secretário da Segurança Pública (governos Montoro e Fleury) e de Governo (gestão Fleury) do Estado de São Paulo.
Artigo publicado na Folha de S. Paulo - Tedências e Debates